Produção de macroalga em SC ganha destaque no 10º Congresso Brasileiro de Aquicultura em Florianópolis
A produção da macroalga Kappaphycus alvarezii – que já vem se tornando uma excelente fonte de renda para maricultores em Santa Catarina – está sendo um dos destaques do 10º Aquaciência – Congresso Brasileiro de Aquicultura e Biologia Aquática, que acontece de 9 a 14 de abril, no CentroSul em Florianópolis.
Uma prova da relevância do tema, é que ele está sendo explorado em vários momentos no evento. Na segunda-feira foi ministrado um minicurso por Alex Alves dos Santos, engenheiro agrônomo, mestre e doutor em Aquicultura do Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca da Epagri.
Ontem, o pesquisador também coordenou uma mesa-redonda com representantes da cadeia produtiva. Foram debatidos os usos da macroalga na agricultura, gastronomia e seu potencial biotecnológico. Também nesta quinta-feira foi apresentado um trabalho sobre a produção e caracterização do extrato de Kappaphycus.
Alex destaca a relevância da presença da Kappaphycus alvarezii no evento. “Isso é muito importante, pois se trata de uma espécie que está despontando no cenário da aquicultura nacional. E Santa Catarina, através deste congresso, está dando visibilidade à produção que está ocorrendo aqui no Estado. Fiquei muito impressionado com o interesse das pessoas, principalmente produtores de outras espécies, como camarão e peixes, que pretendem integrar os sistemas de cultivo”, afirma.
Os participantes do congresso vão poder conhecer na prática o cultivo da macroalga. Na sexta-feira está prevista uma visita técnica na Algas Brasil, localizada no Ribeirão da Ilha. A empresa é de propriedade do produtor Ademir dos Santos, pioneiro no setor. A marca é uma das mais importantes do congresso, sendo patrocinador ouro e marcando presença com estande na 1ª AquaMit – Mostra de Inovação, Tecnologia e Negócios na Aquicultura.
Katt Regina Lapa, presidente da comissão organizadora do Aquaciência, confirma a importância da macroalga dentro da aquicultura. “Ela vem como uma outra opção de cultivo para os pequenos maricultores e com certeza será também para os grandes produtores”, aponta. Segundo ela, o evento vem fomentar pesquisas e tecnologias para todo o setor. “Aqui é possível consolidar o conhecimento, divulgá-lo e ter novas ideias, que podem inclusive resultar em parcerias. Isso é ótimo, pois cada vez mais precisamos trabalhar em rede”, aponta.
Texto: Viviane Araujo
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