Florada das cerejeiras ocorre cercada de beleza e significados
Duas semanas antes do início oficial da primavera, um fenômeno deslumbrante já marcava, na semana passada, a chegada da estação das flores: a floração das cerejeiras. Na Epagri em São Joaquim, na Serra catarinense, agora adultas e encachopadas de cores, as mudas não frutíferas doadas aos catarinenses pelo Japão há meio século, nos primórdios do cultivo da maçã Fuji, tiravam o fôlego de alguns admiradores. O momento serviu de pano de fundo para a realização de um casamento homoafetivo ao som de violinos.
Não fosse a pandemia, a florada seria saudada com o Hanani, cerimônia que tem seu ponto alto na realização de um piquenique sob a sombra das frondosas cerejeiras. É um momento de celebração. Para os japoneses a flor da cerejeira significa a beleza feminina. E por aparecer na passagem do inverno para a primavera significa também o renascimento.
Aproveitando os últimos dias do fenômeno, no domingo 13/9, algumas famílias de descendentes japoneses visitaram a Epagri para reverenciar o fenômeno da florada. E lá também puderam admirar o intenso vaivém das abelhas. Nas últimas semanas elas têm se dividido entre visitas às cerejeiras e as macieiras que começam a florar.
Texto: Imara Stallbaum
Fotos: Antonio Carlos Mafalda e Jeronimo do Carmo
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