Pandemia de coronavírus muda a cara de Florianópolis

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No lugar das habituais 250 mil pessoas por dia, o principal terminal de ônibus de Florianópolis, com suas seis plataformas, permaneceu fechado na manhã desta quinta-feira, em consequência das medidas adotadas pelo governo de Santa Catarina para deter o avanço do coronavírus.
A ausência dos ônibus urbanos e também dos interestaduais, proibidos de partirem e chegarem do Terminal Rita Maria, ali perto, acabou chamando a atenção para a grande quantidade de moradores de rua existentes na região central e em bairros próximos. Um deles, nas imediações do Parque de Coqueiros, a cinco minutos do Centro, na parte continental da capital, berrava para quem se negava a dar-lhe uns trocados: “Que você morra de coronavírus”.
Um dos mais conhecidos patrimônios históricos de Florianópolis, o Mercado Público, amanheceu quase totalmente fechado. A exceção foram algumas peixarias na ala sul da edificação, que estavam atendendo. De uma maneira geral, porém, o comércio sinalizou sua disposição de permanecer fechado por uma semana a partir desta quinta-feira, conforme proposta do decreto assinado pelo governador Moisés da Silva.
Enquanto a população é aconselhada a permanecer em casa para se proteger da pandemia, no bairro Trindade, um jovem médico do HU (Hospital Universitário) achou mais seguro atender seus pacientes na rua ao invés de deixá-los correndo risco de contágio nos corredores do hospital.
Texto: Imara Stallbaum
Fotos: Antonio Carlos Mafalda

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